Novos projetos

Dando continuidade ao intercâmbio com a área da Ciência, em 2022, abordamos o tema da Química no CD "A Química do Amor" e o tema das energias renováveis no espetáculo de teatro "O Último que acenda a Luz".

Com o intuito de cruzar a criação artística e a ação social desenvolvemos o projeto "Voz dos Avós da Nascente até à Foz" que conta com a participação ativa do público sénior que habita a orla do rio Ceira.


A Química do Amor



A QUÌMICA DO AMOR é a banda sonora original do espetáculo Quimicomic, a 44.ª produção teatral da Encerrado Para Obras, uma comédia musical e pedagógica que tem por base o tema da Química e é ideal para todas as faixas etárias a partir dos 6 anos. 

Este CD, cujo lançamento ocorrerá a 27 de novembro de 2022 no MOMO-Museu do Circo, na Lousã, conta com a participação especial de um conjunto de músicos profissionais de elevada craveira técnica e artística. É de salientar que para além do músico João Balão, o projeto inclui a participação de mais 3 músicos da esfera do jazz: o trombonista Ruben da Luz, o saxofonista Lino Guerreiro e o baterista Vítor Rodrigues. Tratam-se de músicos de excelência, que têm trabalhado com alguns nomes maiores da música nacional e internacional (Sérgio Godinho, Paulo de Carvalho, The Gift, Jorge Palma, Salvador Sobral, Zeca Baleiro, Marisa Monte, entre muitos outros). Estamos convictos de que esta equipa, para além de dar uma garantia de superior qualidade à nossa música, fará com que o projeto possa merecer um destaque acrescido junto das rádios e órgãos de comunicação social.

O lançamento do CD será seguido de uma digressão nacional do espetáculo Quimicomic nos meses de Outubro e Novembro de 2022. 


O último que acenda a luz


Projeto de Teatro para a Infância e Juventude baseado nas linguagens universais do gesto, da música e do teatro do objeto.

Num mundo em que a energia é um bem vital e em que os combustíveis fósseis continuam a ser a principal fonte, contribuindo de forma indelével para a emissão de gases com efeito de estufa, o espetáculo procura sensibilizar as camadas mais jovens para a necessidade da racionalização do consumo energético.

O espetáculo coloca em cena uma família que, face ao aumento exponencial dos custos da energia, deixa de ter dinheiro para pagar a conta e se vê confrontada a ter de viver sem eletricidade. As personagens têm então de ser criativas: através da utilização de duas bicicletas e de um conjunto de gadgets improvisados, arranjam maneira de produzir energia para as necessidades mais essenciais, nomeadamente iluminar e aquecer a casa, mas também para outros fins menos comuns, como por exemplo embalar um bebé no seu carrinho, picar uma cebola, estrelar um ovo.

Espetáculo com muito humor e muita interação com o público, que pontualmente será convidado a participar em certas ações para, em conjunto com os atores, produzir a energia elétrica necessária à realização do próprio espetáculo.

Logística e horários:

área de representação (palco ou outro espaço interior) com dimensões mínimas de 6 m. de largura x 5 m. de profundidade.

tempo de montagem: 1 a 2 horas

tempo de desmontagem: 40 min

Tempo mínimo entre o final de uma apresentação e início da seguinte: 60 min

Número máximo de apresentações por dia: 2

Duração: 55 min
Faixas etárias: a partir dos 3


Voz dos Avós, da Nascente até à Foz




O projeto Voz dos Avós da Nascente até à Foz irá constituir a 50.ª produção da Encerrado Para Obras e irá desenvolver-se entre Setembro 2022 e Setembro 2023.

A ação contempla atividades de índole criativa e artística em IPSS situadas na orla do rio Ceira, desde a nascente até à Foz, nomeadamente nos concelhos de Arganil, Pampilhosa da Serra, Góis, Lousã, Vila Nova de Poiares, Miranda do Corvo e Coimbra. 

Ao longo de seis meses, dois compositores de canções com larga experiência (David Cruz, diretor da encerrado para Obras e João Francisco, diretor da Academia de Música da Lousã) e a artista Maria Laranjeira irão visitar IPSS situadas na orla do rio Ceira, desafiando os utentes a contarem histórias relativas às suas vivências com o rio e a serra – histórias e lendas de pescadores, pastores, moleiros, lavadeiras, de namoros e brincadeiras junto ao rio, mas também de momentos menos felizes, como os conflitos em torno do regadio, as cheias, os incêndios, a desertificação do território e o abandono das terras de cultivo, a poluição provocada pelas poucas indústrias existentes, as memórias longínquas das invasões francesas, que foram detidas precisamente no rio Ceira…

A recolha de histórias irá culminar na criação coletiva de 12 canções originais. Durante este processo, os compositores irão desenvolver parte do trabalho criativo diretamente com os participantes, envolvendo-os nos mecanismos próprios da criação de canções, tais como a rima, a métrica, a força poética do vocabulário, os coros, o ritmo, a melodia, a harmonia, etc.

Estas canções serão depois editadas em CD intitulado Memórias de água doce, que contará com a colaboração de um conjunto de músicos profissionais da região. O projeto contempla também a participação direta da população sénior no próprio CD. Para tal, será implementado um plano de ensaios em cada uma das IPSS abrangidas, sendo que os seniores participarão em coros e eventualmente tocando alguns instrumentos de percussão ou outros se tal se proporcionar. As gravações das participações da população sénior serão efetuadas “in loco”, nas próprias instituições envolvidas, por uma equipa profissional que mobilizará os meios técnicos necessários.

Paralelamente à gravação do CD, os utentes da Associação Nacional de Apoio ao Idoso que participam nas oficinas de Pintura e de Cerâmica promovidas por esta entidade, irão desenvolver obras inspiradas nas canções e nos lugares emblemáticos do projeto.

O CD terá 7 concertos de apresentação, um em cada concelho, que contarão com a participação dos músicos profissionais envolvidos nas atividades. Cada concerto contará ainda com os participantes seniores de cada um dos respetivos concelhos.
Antes do início de cada concerto, será transmitida uma vídeo-reportagem alusiva ao respetivo concelho, criada pelo videasta Pedro Homem.

A apresentação do CD será acompanhada pela exposição das obras criadas pelos utentes da ANAI no âmbito do projeto. Nesta exposição serão também incluídas obras fotográficas da artista Cláudia Santos.

O projeto procura deste modo estabelecer uma ponte entre passado, presente e futuro: por um lado envolve um trabalho de memória, através da recolha das histórias dos participantes, por outro visa estimular a atividade dos idosos através de práticas artísticas criativas e por fim visa deixar um registo artístico e social para memória futura. Inserido num território marcado maioritariamente pelo despovoamento e pelo envelhecimento da população, o projeto visa ainda contribuir para a fixação das populações, integrando na sua equipa artística e técnica vários jovens e promissores músicos da região.

O projeto, desenvolvido em parceria com mais de uma dezena de IPSS da região, conta ainda com o apoio financeiro e logístico dos órgãos autárquicos dos sete concelhos abrangidos.

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